A situação de instabilidade no continente africano é o resultado de diversos fatores históricos, dentre os quais destacamos o(a):

quarta-feira, 22 de maio de 2013


Posted on 06:41 by Ellen Neves

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Posted on 06:36 by Ellen Neves

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Em 1945, a Europa imperial cedeu a supremacia de suas colônias aos Estados Unidos e à União Soviética. Qual seria o lugar reservado ao chamado Terceiro Mundo? Esta foi a grande pergunta levantada na Conferência de Bandung, em 1955. 

Em 1989, as Nações Unidas reconheceram duzentos e quatro países, cada um com sua bandeira, seu hino e sua independência. Mas, isso era tudo o que havia de comum entre eles: oitenta e cinco destes países enfrentavam problemas dramáticos. Evidentemente, os países ricos não são imunes a crises... não raro, das mais terríveis. Apesar da pobreza que aumenta e da miséria que ainda sobrevive nas nações industrializadas do hemisfério norte, a expectativa de vida, nestas regiões, ainda é de setenta anos. Em outras áreas, nos países em desenvolvimento, no hemisfério sul, não chega a cinqüenta anos. O padrão de vida no norte é cem vezes superior ao do sul. O conforto material, sem dúvida alguma, é um dos fatores que influenciam a média de longevidade, mas há muito tempo o bem-estar de alguns vem sendo obtido às custas do sacrifício dos outros.

Durante séculos, muitos dos países do sul foram colônias de algumas potências do norte. E, durante todo este tempo, foi preciso empregar a força, várias vezes, para controlar o ímpeto popular em seu anseio por autodeterminação. Sofrendo sob a dominação não apenas econômica, os países do sul, não raras vezes, tiveram também de enfrentar o racismo e o medo de seus senhores. Certa vez, uma voluntária, perguntada por que amava a África e se desejava ajudar o povo, respondeu que desejava ajudar os europeus, porque os negros "não valiam o sacrifício". Esta opinião, mais ou menos generalizada, comprometeu em grande parte os resultados da grande conferência entre países do norte e do sul.

Em 18 de abril de 1955, em Bandung, na Indonésia, reuniram-se, numa conferência internacional, vinte e nove países da Ásia e da África. Era a primeira vez que se reuniam. O primeiro-ministro da Índia, Nehru, que combatera, ao lado de Gandhi, a dominação inglesa, estava presente, ao lado do presidente Nasser, do Egito, de Chou En Lai, premiê da República Popular da China, do imperador Haile Salassié, da Etiópia, e dos reis do Marrocos e do Cambodja, entre outros. Alguns tinham um passado de revolucionário, mas todos estavam reunidos em Bandung para se lançar à guerra contra o subdesenvolvimento. Evidentemente, condenaram o racismo e a dominação colonial. Mas, o Ocidente não entendeu com clareza a mensagem enviada de Bandung. 

Do palanque, Chou En Lai fez acenos na direção dos Estados Unidos. Em nome dos vinte e nove países presentes à conferência, ele propôs aos americanos uma declaração de co-existência pacífica, de igualdade racial e de reconhecimento ao direito de soberania de todas as nações. Os americanos recusaram o convite. O Ocidente deixou passar, sem saber aproveitar, a primeira oportunidade de diálogo com o Terceiro Mundo.

Posted on 06:28 by Ellen Neves

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quarta-feira, 8 de maio de 2013


Posted on 14:49 by Ellen Neves

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segunda-feira, 29 de abril de 2013



A ação imperialista no continente africano foi responsável por várias situações de conflito entre as populações nativas. Um dos mais lamentáveis frutos desse tipo de intervenção se desenvolveu quando os belgas, no início do século XX, se instalaram na região de Ruanda. Ali temos a presença dos tutsis e hutus, duas etnias que há muito ocupavam a mesma região.

Do ponto de vista cultural, tutsis e hutus partilhavam de uma série de similaridades por falarem a mesma língua e seguirem um mesmo conjunto de tradições. Contudo, quando os belgas chegaram à região, observaram que estes dois grupos étnicos se diferenciavam por conta de algumas características físicas. Geralmente, os tutsis têm maior estatura, são esguios e tem um tom de pele mais claro.

Na perspectiva dos belgas, essas características eram suficientes para acreditarem que os hutus – mesmo sendo a maioria da população – seriam moralmente e intelectualmente inferiores aos tutsis. Dessa forma, os imperialistas criaram uma situação de ódio e exclusão socioeconômica entre os habitantes de Ruanda. A política distintiva dos belgas chegou ao ponto de registrar nas carteiras de identidade quem era tutsi e hutu.

Na década de 1960, seguindo o processo de descolonização do pós-Segunda Guerra, o território ruandês foi deixado pelos belgas. Em quase meio século de dominação, ódio entre as duas etnias transformara aquela região em uma bomba prestes a explodir. Cercados por uma série de problemas, a maioria hutu passou a atribuir todas as mazelas da nação à população tutsi.

Pressionados pelo revanchismo, os tutsis abandonaram o país e formaram imensos campos de refugiados em Uganda. Mesmo acuados, os tutsis e alguns hutus moderados se organizaram politicamente com o intuito de derrubar o governo do presidente Juvenal Habyarimana e retornar ao país. Com o passar do tempo, esta mobilização deu origem à Frente Patriótica Ruandense (FPR), liderada por Paul Kagame.

Na década de 1990, vários incidentes demarcavam a clara insustentabilidade da relação entre tutsis e hutus. No ano de 1993, um acordo de paz entre o governo e os membros do FPR não teve forças para resolver o conflito. O ponto alto dessa tensão ocorreu no dia 6 de abril de 1994, quando um atentado derrubou o avião que transportava o presidente Habyarimana. Imediatamente, a ação foi atribuída aos tutsis ligados ao FPR.

Na cidade de Kigali, capital da Ruanda, membros da guarda presidencial organizaram as primeiras perseguições contra os tutsis e hutus moderados que formavam o grupo de oposição política no país. Em pouco tempo, várias estações de rádio foram utilizadas para conclamar outros membros da população hutu a matarem os “responsáveis naturais” daquele atentado.

A propagação do ódio resultou na formação de uma milícia não oficial chamada Interahamwe, que significa “aqueles que atacam juntos”. Em pouco mais de três meses, uma terrível onda de violência tomou as ruas de Ruanda provocando a morte de 800 mil tutsis. O conflito contra as tropas governistas acabou sendo vencido pelos membros do FPR, que tentaram estabelecer um regime conciliatório.
Apesar dos esforços, a matança e a violência em Ruanda fizeram com que cerca de dois milhões de cidadãos fugissem para os campos de refugiados formados no Congo. Nesta região, o problema entre as etnias tutsi e hutu continuaram a se desenvolver em várias situações de conflito. O atual governo de Ruanda, liderado por tutsis, promoveu algumas invasões ao Congo em busca de alguns líderes radicais da etnia hutu.

Nos últimos anos, a prisão do guerrilheiro tutsi Laurent Nkunda e as experiências bem sucedidas nos campos de desmobilização vêm amenizando a convivência entre tutsis e hutus. Além disso, o presidente Paul Kagame anulou os antigos registros que diferenciavam a população por etnia. Em algumas cidades de pequeno porte, já é possível observar que os traumas do genocídio de 1994 estão sendo superados.

Posted on 18:57 by Ellen Neves

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Entre o final do século XIX e o inicio do século XX, os países industrializados transformaram o continente africano e grande parte da Ásia em colônias protetorados. A intensa disputa por esses territórios foi um dos principais motivos das duas guerras mundiais. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, os impérios coloniais começaram a desmoronar e o domínio que as nações européias exerciam nesses territórios deu lugar ao surgimento de novas nações politicamente independentes.


Em geral, os processos de independência foram modificados por ideais nacionalistas e muitas vezes, com a eclosão dos conflitos sangrentos. Apesar da liberdade conquistada os traumas de décadas de espoliações e humilhações desses povos deixaram marcas profundas no continente, como a miséria e os conflitos étnicos que perduram até hoje.

Nos anos que antecederam a Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945), podia-se observar em toda a Europa a diminuição do poderio mundial dos paises do continente. A guerra só acentuou esse declínio, a primeira conseqüência acabou sendo a desintegração dos impérios coloniais que a Inglaterra, França, Bélgica, Itália e Holanda mantinham na África e Ásia. Poucos anos após a guerra, já havia movimentos de emancipação em varias regiões dos continentes dominados. A base desse movimento em geral, era um forte sentimento nacionalista, insuflado pelo desejo das populações locais de se libertar do julgo estrangeiro.

A guerra fria acabou criando também um cenário propicio ao processo de descolonização. Tantos os Estados Unidos quanto a União Soviética não queriam a manutenção do antigo sistema colonial. Era mais interessante para as duas potências ampliar suas áreas de influencia, por isso, eles incentivaram muitos dos movimentos de emancipação.

O processo de descolonização se estendeu por cerca de três décadas. Durante esse período, os paises europeus muitas vezes opuseram forte resistências as mudanças só foram complacentes nos casos em que os interesses europeus. Assim, era possível preservar suas fontes de riquezas e o prestigio internacional.
A descolonização ocorreu de forma desigual, pois em cada território havia especificidades regionais, com histórias locais diferentes. Para alcançar a independência, os povos colonizados de maneira geral partiram para a negociação diplomática, para a desobediência pacifica e, principalmente, para a luta armada.

Posted on 18:17 by Ellen Neves

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A independência do continente asiático se deu por duas causas: o enfraquecimento das nações europeias após a Segunda Guerra Mundial e a eclosão de movimentos de luta pela independência. O processo de descolonização asiático contou com o apoio norte-americano e soviético. Isso é explicado pelo fato de que naquele momento desenrolava-se a Guerra Fria. Desse modo, ambos desejavam expandir suas áreas de influência do capitalismo e do socialismo, respectivamente, isso nos países que iriam emergir com a independência.

A descolonização asiática sucedeu quase que simultaneamente com a Segunda Guerra Mundial. Muitas colônias se tornaram independentes entre 1945 e 1950, das quais podemos citar: Índia, Paquistão, Sri Lanka, Filipinas, Indonésia, Vietnã, Laos. A China promoveu a revolução socialista, em consequência disso pôs fim na dominação inglesa, alemã e japonesa em seu território. Em 1945, a Coreia deixou de se submeter aos domínios japoneses. Essa ex-colônia japonesa se dividiu em 1948, formando dois países: Coreia do Norte e Coreia do Sul.

As colônias onde hoje se encontra o Oriente Médio se submeteram aos domínios europeus por muito tempo. Países como Líbano e Síria tiveram suas independências oficializadas em 1943 e 1946, respectivamente. O restante dos países que integram o Oriente Médio obteve a independência somente após a Segunda Guerra Mundial. Com exceção do Irã, que teoricamente nunca foi colônia de nenhuma metrópole europeia.

Em razão de muitos anos de intensa exploração por parte das metrópoles europeias, as colônias se tornaram independentes, no entanto herdaram muitos problemas de caráter socioeconômico, os quais são percebidos até os dias atuais.

Posted on 17:30 by Ellen Neves

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